Ilha Grega-capitulo 7” Um novo mundo parte 2”

— Bom. Você quer comer algo, acredito que estão assando um porco agora, vamos lá.—Ciro aceitou, afinal ele já  estava na ilha a um bom tempo e ainda não havia comido nada. Então  seguiu caminhando logo atrás  de Danto. Mas não aguentava de tanta curiosidade e começou a fazer outra série de perguntas.

— Danto aquelas duas ilhas que ficam próximas, são habitadas por alguém? 

— Dizem que na ilha com a floresta vive a filha renegada de Afrodite com algumas criaturas bem perigosas e na outra mora a filha de Hades.

— Pensei que vocês gregos fossem mais unidos. — Danto dá uma gargalhada e diz.

— Sinceramente não acredito que isso tenha acontecido um dia entre as famílias — Ciro reflete por alguns segundos e responde.

— Ao menos você tem um irmão aqui com você.

— Sifu é tão meu irmão quanto seu, eu não sei nada sobre ele, a história que eu contei a você foi passada a mim por Bardock, Sifu a evitá, a gente se encontra em algumas raras ocasiões como as de hoje. — Ciro ficou impressionado, mas não queria mais falar sobre aquilo achou que devia ser desagradável, até que de repente um cheiro delicioso invadiu suas narinas e despertou seu apetite em instantes. Logo  houve gritaria e música, soube naquele instante que eram os amigos de Danto.

— Chegamos ao acampamento! — disse Danto com alegria levantando seus braços como quem quisesse fazer uma surpresa.

O lugar era pequeno, havia apenas algumas barracas e bem menos pessoas do que Ciro imaginava que haveria, estavam dançando  como da primeira vez. Danto o levou até a roda de pessoas e chamou a atenção.

— Escutem meus amigos — todos pararam com as danças e música e voltaram a atenção a Danto, — Esse é Ciro, ele ficará um tempo por aqui, então por favor sejam amigáveis com ele — todos fizeram gestos positivos com a cabeça o’que deixou Ciro bem mais calmo, Danto apresentou Ciro a todos que estavam lá e o rapaz pôde descansar por alguns minutos até que um estrondo vindo da floresta assustou a todos.

— Gran, — disse Danto antes de correr para o local da explosão, e assim como Ciro todos os outros o seguiram, conforme eles se aproximavam puderam sentir um cheiro horrível, com uma fumaça densa que cobria a visão de todos.

— Aqui,- Um rapaz que estava junto do grupo exclamou — Ele está lá- apontando para um monte de entulho. Todos se aproximaram e notaram que tinha alguém lá embaixo de fato. Danto com vários outros até mesmo Ciro tiram os entulhos um a um, até encontrarem um rapaz completamente sujo e inconsciente.

— Tirem ele devagar. — disse Danto aos seus amigos e lentamente foram tirando ele daquele lugar quando de repente em uma ação quase que involuntária o rapaz acorda gritando.

— Vai explodir! Vai explodir!- e de repente para observar o lugar ao redor e diz. — ah! Não já explodiu. Podem ficar tranquilos agora — Ciro olha para o rapaz que estava imundo e em seguida olha para Danto fazendo uma cara que expressava com perfeição o’que ele estava pensando “qual é o problema dele”. 

— Venha Gran. — diz Danto ao se aproximar do rapaz no chão e tentar ajudá lo a se levantar Danto senti um cheiro horrível que vinha dele e nesse momento ele o solta e diz. — Você está fedendo. O’Que aconteceu?

— Isso deve ser o material esquisito que eu achei- diz Gran agindo como quem não se importasse com o cheiro horrível que vinha dele.

— Cara onde você pegou esse material para mim nem chegar perto — Danto exclamou o’que provou um ataque de risos em todos ali.

— Atrás da colina dos ciclopes, achei enquanto procurava por algumas ervas — Danto fez uma expressão de nojo e disse.

— Gran do outro lado da colina é o banheiro deles, todo mundo sabe disso, é por isso tudo está fedendo está usando cocô de ciclope.

— Fezes hum? É faz sentido mesmo, mas por… — o rapaz é interrompido  com um balde de aguá que um grupo de pessoas joga em cima dele em uma tentativa de amenizar o mau cheiro

— É acredito que agora posso te ajudar a levantar — disse Danto dando uma das mãos a ele, já em pé Gran olha para Ciro e diz.

— Suponho que não nos conhecemos, ou sei lá você me conhece? Não lembro de você — o jovem que estava visualmente confuso com o Gran tratou de responder.

— Na… Não eu sou novo aqui — era um jovem realmente muito diferente que se encontrava em frente a Ciro, ele era franzino diferente dos outros habitantes que ou tinham um porte atlético, ou eram corpulentos a força de Gran obviamente era seu intelecto.

— Agora que eu já estou de pé e de banho tomado, vou para o meu dormitório, estudar uma nova fórmula, porque essa não deu muito o certo, obrigado pela ajuda, já podem voltar para as suas atividades arcaicas. — se virou e seguiu ao rumo contrário Ciro curioso perguntou a Danto.

— Mas os quartos não são para outro lado — apontando com o seu polegar para suas costas

— Gran passa muito tempo aqui na nossa área mais não é um dos nossos, na verdade, ele não de nenhum lado, preferir morar com os Mortais na Vila el…

— Mortais, espera, tem pessoas normais aqui?! — Ciro havia ficado nitidamente animado.

— Sim, mas não iguais a você, elas nasceram aqui ficam em uma vila não muito longe, elas vivem de agricultura e caça diferente de nós que treinamos e sairmos para fazer missões — nesse momento Ciro foi tomado por um ataque de ansiedade, e mal deixou Danto terminar.

— Eu quero ir lá. — ele disse.

— Já está escurecendo é melhor irmos amanhã — o jovem concorda, pois, até então não havia notado que o dia já havia chegado fim e dando início a noite. Eles retornaram para a vila onde os filhos de Apolo continuaram com as música e danças ao redor da fogueira, no entanto, apesar de tanta alegria que emanava daquelas pessoas Ciro não se sentia bem, pois pensava em seus pais e como eles estavam, inúmeras coisas se passaram em sua mente, ele se perguntava se seus pais já sabiam que ele havia desaparecido, e se a sua mãe coruja estava bem. 

— Ola!- disse uma moça parada em frente de Ciro, ela estava olhando para ele.

— Olá — era visível a falta de ânimo no “Olá” do rapaz, no entanto, a garota sabia que aquilo não era uma atitude voluntária então ela prosseguiu.

— Veio de muito longe não é? — fez a pergunta sentando se ao lado dele.

— Sim, muito longe de um mundo que não sabia da existência desse — Ciro observou a moça e notou o quão bela ela era e algo nela a tornava familiar para ele. 

— É eu já sei disso, também sei o quão aflito você está, — estava estampado no rosto dela que ela estava triste por Ciro.

— É mesmo e como sabe disso? Esse é seu poder? Ler as pessoas? — a garota deu um leve sorriso e disse.

— Sou uma ninfa da floresta, sentir as pessoas é uma das minhas habilidades. — a estranha simpática pegou as mãos e disse- junte as assim — o rapaz juntou a palmas de sua mãos em forma concha e a deixou erguidas, depois a garota  pegou um punhado de terra e disse.

— Se que não acredita em mim — ela jogou terra nas mãos do jovem e pousando sua mão por cima dela fez com que brotasse uma flor, Ciro que nunca havia dado tanta impotência para flores se impressionou, pois, sabia que de longe aquela era a mais linda que ele já  havia visto. 

— Caramba! Disse o rapaz com um ar de surpreso, como daquelas pessoas que assistem um truque de mágica, mas a diferença era que ele sabia que aquilo não era um truque — É a primeira que vez que recebo flores de uma garota —   o rapaz sorriu — até que não é tão ruim.

— Me chamo Tenna e você é?

— Ciro, é um prazer conhecê-la — o rapaz estende sua mão para apertar as da moça, mas nesse momento Danto se aproxima e diz.

— Você está cansado amigo? — a garota ao ver Danto se levanta e se despede muito rápido.

— Tenho que ir foi um prazer Ciro — dá de costas e anda rápido em direção a floresta, os dois que ficaram para trás acham aquilo bem inusitado, Danto pergunta.

— Quem era ela? — com um ar de surpresa. Ciro acha estranho que ele não a conhecesse já que ele morava lá, então lembrou que ele não conhecia todos que vivem na ilha por conta da divisão das famílias, então responde à pergunta dizendo o nome dela.

— O nome dela é Tenna é  uma ninfa da floresta — Danto fica um tanto surpreso, mas logo prosseguiu com o’que estava dizendo.

— Em fim Ciro você irá dormir naquela cabana hoje — ele aponta para uma barraca grande. — deve está cansado — Ciro concorda usando a cabeça e complementa.

— Chega de surpresas por hoje — Ciro se levanta e vai em direção a barraca, ele estava exausto, não por falta de energia, mas por ser bombardeado com tantas coisas novas e fora do comum.

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