Ilha Grega – capitulo 15 “Pistas”
Ciro acorda, e quando dar por si está coberto em uma cama dentro do que parecia um casebre, ele se levanta e segue ruma a saída e ao fazer percebe que aquilo, na verdade, era uma árvore oca. Ainda tonto e tentando entender o’que aconteceu, ouve uma voz.
— Ei Ciro!-era Tenna que estava se aproximando e acenando para ele, em suas mãos havia algumas ervas
— Como se sente?
— Ah eu tô bem… mas por que estou aqui?, que lugar é esse?
— Minha casa- disse a garota que logo se retratou- tá mais para uma toca… eu te trouxe, depois do que aconteceu. — O rapaz rapidamente se recordou do ocorrido e perguntou
— Os ladrões!-pela reação era notável que ele não fazia ideia do que havia acontecido o’que deixou Tenna curiosa. — Você está bem?
— Sim…você me salvou não lembra?
— Salvei?-nesse momento o rapaz pensou na possibilidade de Aloran ter feito algo e então, fingiu saber tudo oque havia acontecido. — É então como foi isso?… quer dizer o’que você achou? — Tenna ao lembrar do ocorrido ficou eufórica.
— Oque eu achei?… foi.. Simplesmente incrível… quando você fingiu estar, machucado e depois se levantou… até me assustou, nem parecia você, aquela confiança… e quando quebrou aquela arma chaste, você quebrou a chaste dele
— O’que é uma chaste?-Tenna lembrou que aquilo era novo para Ciro e começou a explicar a ele o que era.
— Bom nessa dimensão a magia não está apenas nas criaturas, ela está em tudo árvores, minérios e diversas outras coisas, mas algumas dessas matérias não tem uma aura predefinida a magia apenas passa por elas podendo ser um fluxo grande e de uma força colossal ou pequena e extremamente fraca um objeto feito desse material vai ser tão forte quanto o portador ou fraco. Esses materiais são muito raros e cobiçados. — Aquilo era realmente impressionante, mas um pouco confuso para Ciro — Quando você quebrou aquele tacape sem esforço algum você demonstrou ser muito mais forte que o dono da arma.—O rapaz podia notar que Tenna estava realmente impressionada e não sabia oque dizer, então resolveu mudar de assunto.
— Bom.. e essas ervas, vai plantar
— Não, eu ia fazer um chá para você… Sabe você fez uma coisa muito estranha, antes de dormir, pediu para que eu cuidasse de você só que não parecia ser você, “cuide dele, por favor”. Foi estranho
— ahh… eu faço isso às vezes.. E eu dormi por quanto tempo?
— Desde ontem a tarde — Ciro se lembrou de sua reunião com Sifu
— Tenna eu tenho uma reunião agora e preciso ir… obrigado por tudo — O rapaz se pôs a correr deixando Tenna para trás, sem entender nada.
O garoto correu para a vila o mais rapido que conseguiu e por sorte a casa de Tenna não era distante da trilha e por isso ele não teve problemas para encontrar o caminho. Correu feito louco até o vilarejo e depois de alguns bons minutos, chegou até o templo suado e cansado, ao entrar viu Sifu e Nema conversando no grande salão. Nema sempre com aquela cara de quem nunca foi feliz na vida, dando um certo contraste a Sifu que estava sempre de bom humor.
— Com licença…Sifu —Os dois se viraram em direção ao jovem, o ancião como sempre com um leve sorriso no rosto disse.
— Olha só ele veio, perdeu a aposta Nema
— Mas eu não apostei nada. — Disse Nema
— Ah…. Verdade, eu estava planejando fazer uma esqueci de avisar — ele fez um gesto para que os Ciro se aproximasse. E assim o rapaz o fez. — Parece cansado — disse o ancião.
— Eu vim correndo, da casa da Tenna. — Sifu fez uma cara de surpresa enquanto olhava para Nema que não demonstrou nenhuma reação. O rapaz ao notar logo se retratou — Eu não estava me sentindo bem.
— Entendo, espero que esteja se sentindo melhor agora, sabe nos iriamos tomar nosso cafe, porque não nos acompanhar, sinto que não nos conhecemos tão bem quanto deveríamos — Ciro estava morrendo de fome e Sifu não era uma companhia ruim então concordou com a ideia.
— Para ser bem sincero estou faminto — Sifu sorriu e disse
— Ótimo então vamos todos comer — Sifu guiou Ciro até a mesa enquanta Nema fora informar aos servos que haveria um convidado, E nesse meio tempo, Ciro aproveitou para entender qual era dá relação de Sifu e Nemo.
— E então Nemo é tipo uma vice anciã ou algo assim? — Sifu sorriu e disse.
— Não, só pode haver um ancião e uma dezena de conselheiros, dessa forma não há ganância ou tentativa de usurpar a cadeira, quando um ancião morre o poder voltar a mesa do sete até aparecer alguém digno novamente, o processo pode demorar seculos, acreditamos que não devemos eleger alguém apenas por não ter escolhas melhores — Aquilo era esclarecedor, mas ainda não respondia a verdadeira dúvida de Ciro.
— Então Nema é uma conselheira.
— Nema me mantém na linha, Ela perdeu muita que eu chegasse aqui, digamos que se eu me desviar ela equilibrar as coisas —. A ouvir aquilo, o rapaz ficou assustado, que tipo de vínculo doentio havia entre os dois, ele ainda possuía muitas dúvidas. Mas pouco tempo depois Nema volta acompanhada de algumas garotas que trouxeram o desjejum, ela se senta ao lado de Sifu, como se fossem mais do que apenas uma potencial vítima e uma potencial assassina, aquilo não poderia ser verdade o’que Sifu havia dito, devia ser alguma brincadeira de mal gosto, e então Ciro resolveu saber dela, era arriscado, mas ele precisava saber se era uma boa ideia ficar perto dela ou não.
— Então Nema vocês dois se conhecem há muito tempo?- Sifu olhou para Ciro e deu uma risada, sempre de bom humor independentemente da situação.
— Pouco mais de um século — Responde Nema sempre fria. E Ciro ao ouvir a resposta quase cospe seu chá, como assim todos naquele lugar eram velhos.
— Quantos… anos você tem?- sua expressão não conseguia disfarçar o quão incrédulo ele estava.
— 120 anos- ela bebeu um gole de Chá —E perguntou-qual o motivo da pergunta?
— Não é nada de mais… Então vocês dois tem as mesmas habilidades — Disse o jovem achando que já houvesse descoberto como funcionava.
— Não.
— Deixe eu explicar a você Ciro —Disse Sifu que ao contrário de Nema estava mais aberto a um diálogo — Eu não envelheço perante o tempo de forma alguma , mas Nema é como o gelo pode dura uma eternidade nas condições certas —Ele então se levanta e vai em direção a uma pequena tocha, pega um graveto o acende enquanto pergunta a Nema — Posso? — Ela não diz nada apenas continuou tomando seu chá o’que deu a ele sinal verde para fazer sabe se lá o’que. Voltou a mesa e aproximou o graveto flamejante do rosto de Nema, que não expressava nenhuma reação mesmo com aquilo quase tocando sua pele. Aos poucos como gelo seu rosto começa a derreter, era assustador e fascinante ao mesmo tempo, sua pele pálida, lisa e macia começou a enrugar e perder elasticidade onde o graveto encostava estava envelhecendo, ela virou seu rosto começou a sentir um certo incômodo — Desculpe — Disse Sifu que apagou a chama. Enquanto Ciro olhava o local onde a chama havia tocado voltar ao normal ele ouve a voz em sua cabeça.
— Oque eu perdi?- Aloran, estava de volta a tempo de ter a conversa com Sifu, mas algo estranho começa a acontecer, logo que a amiga de Ciro fala. Nema passa a encará-lo, como se ouvisse a garota em sua cabeça, ela o olhava e arqueava a sobrancelha, como quem quisesse entender algo.
— Não gosto dela- disse Aloran e Ciro querendo dizer que concordava plenamente apenas deu início à conversa com Sifu.
— Eu queria falar sobre a competição… Quero participar —aquilo deixou Sifu realmente surpreso, por que aquela mudança súbita de decisão? Ele se perguntava e deixava bem visível com a expressão em seu rosto.
— Interessante —respondeu Sifu — Mas o’que o fez mudar de ideia. Sei que faz alguns dias que não treina com Bardack…logo se não são dos treinos então, de onde vem toda essa confiança?
— Pensa em alguma coisa Ciro —Aloran disse um tanto nervoso,. Pois Nema não parava de encará-los.
— Ahhh….há eu não tinha nada para fazer — Aquela resposta não convenceu ninguém naquela sala.
— Podia ter sido melhor Ciro? — disse Aloran que ficou decepcionada, na verdade, até Ciro ficou decepcionado com ele mesmo. Depois de alguns bons segundos olhando fixamente para o rapaz,Sifu apenas diz.
— Ótimo, isso torna tudo mais fácil —ou Sifu já havia entendido o real motivo do pedido ou ele não ligava tanto quanto dizia, pois era estranho ele não se importar com essa mudança de atitude tão de repentina de Ciro — boa sorte então… a competição começará amanhã, espero que suas habilidade estejam proporcionais a sua confiança, o’que acha Nema?
— Ele parece ter encontrado sua força interior —ela diz isso, sem tirar seus olhos do rapaz.
— Essa mulher está me incomodando Ciro, acho melhor sairmos daqui —Aloran estava tão nervosa quanto Ciro, e mesmo sem ela dar essa sugestão o rapaz já estava o desejando, por isso se levantou antes mesmo de terminar a refeição já dizendo.
— Muito obrigado estava ótimo, mas eu preciso ir agora, lugares para explorar essas coisas.—mas antes que Ciro pudesse sair, nema diz uma coisa um tanto incômoda.
— Soube do encontro que você teve com Kis ontem, e também que você foi bastante corajoso… eu a treinei, e sei do que ela a capaz, por isso se por um capricho do destino vocês precisarem lutar… desejo-lhe sorte — Aquilo realmente irritou Aloran, que por não poder falar no lugar Ciro teve que se controlar, mas que não podia deixar de expressão sua opinião
— Quem ela pensa que é…— mas Ciro achou melhor não, compartilha o’que Aloran dizia se limitando apenas um.
— Obrigado pelo Conselho…- o rapaz saiu o mais rápido possível do templo, não queria arriscar que Aloran tomasse conta do seu corpo e desse início a uma discussão.
— Calma Aloran, não podemos iniciar uma briga com todos, não queremos que descubram que você está aí… aqui —Após ouvir isso Aloran tentou se acalmar Ciro estava certo, a sensação desagradável que ela sentia perto de Nema não era algo comum, ela não se lembrava mais sabia que as duas tinha um passado sombrio juntos — Obrigado —Disse Ciro. —Eu não agradeci por ontem, soube o’que você fez por mim e Tenna —Aloran deu uma gargalhada e disse.
— Eu preciso de você inteiro…acho que te devo isso, já que não pude ajudá-lo, naquela briga contra Pedro no quinto ano, lembra de como você ficou —Ciro começou a sorrir sozinho, enquanto caminhava por entres os becos da vilas.
— Lembro, sim, é eu acho que você estava me devendo mesmo —Os dois sorriram até que de repente algo chama a atenção dos dois.
— Ei viajante! —era Gran que vinha em direção aos dois, estava aparentemente feliz.
— Oi tu…—antes de terminar, ele é interrompido
— Ta… sem formalidades, já encontrei a solução para o nosso amigo.— Para Ciro aquela era a melhor notícia que receberá em muito tempo, após tantas desventuras em sequência. Ele prontamente seguiu Gran até sua casa, ao chegar Aloran notou a bagunça e pediu.
— Não toque em nada Ciro… nunca se sabe — eles desceram a escada que levará ao laboratório, lá embaixo o inventor pegou algumas pedras de dentro de uma espécie de bolsa, colocou em cima da mesa e disse.
— Veja são essas pedras que ajudam o seu amigo a se manter na ilha — Ciro se aproximou da mesa e pegou uma das pedras nas mãos eu não achei grande coisa.
—O que elas fazem? — perguntou Ciro.
— Solte a pedra Ciro… ela está me machucando — No mesmo instante o rapaz solta a pedra deixando ela cair e quebrar sobre a mesa, revelando seu interior que era cheia de pequenos cristais azuis.
— Eu ia usar o martelo mais isso também serve —Ele aponta para o cristal azuis e explica — Vê essas coisas que parecem cristais?… elas estão por toda a extensão da caverna, elas de alguma forma bloqueiam a magia. Precisaria estudar a origem delas —Gran ainda não havia dito como ajudar Tony por isso Ciro foi direto ao ponto
— Isso tudo é muito interessante Gran, mas como exatamente. Planeja tirar ele de lá —Gran deu um leve sorriso, foi em direção há uma instante e disse.
— Simples se isso ajuda ele a se manter na ilha, ele só precisa carregar com ele, mas eu preciso fazer alguns testes ele vai ter que espera um pouco, amanhã começa o torneio na Ilha e todas a criaturas estão bem mais agitadas e ferozes, andar por lá não vai ser uma boa ideia.—Ciro lembrou que ainda havia esse detalhe do torneio, e ficou preocupado com Tony, pois a primeira etapa era onde seu amigo estava. Aloran sentiu e disse a ele.
— Não se preocupe em breve todos estaremos bem. — O rapaz sorriu cochichou
— Obrigado…-Gran após a guardar seu material, perguntou.
— E o torneio? Como vai fazer para não participar —Ciro demorou um pouco para responder e disse.
— Então… eu… decidi participar —Gran fez uma notável cara de surpresa.
— Que coragem, pensei que fosse desistir ou pelo menos tentar. Sabe que apesar do Danto dizer que não teria mortes ainda haverá cortes sangue e ossos quebrados não é?
— É cara, eu sei… mas tenho que fazer isso.
— Boa sorte então.
— Obrigado… por tudo.—parecia que aos poucos Gran estava deixando de ser babaca, pensou Ciro. O jovem gênio ao ouvir faz um sinal positivo com a cabeça e diz
— Agora sai daqui preciso trabalhar —Ciro deu uma pequena risada e cai fora de lá. Já fora da casa de Gran enquanto caminhava pelas pequenas vielas, de repente o rapaz ouve algo, uma voz que dizia.
— Espere Aloran…- aquilo era estranho e o assustou, pois, só ele sabia de Aloran, o rapaz olhou para os lados e não viu ninguém e a voz gritou novamente.— Precisamos conversar — A voz vinha de trás de Ciro o garoto resolve se virar mais uma vez e quando o fez nota uma presença, havia uma mulher de cabelos vermelhos iguais aos de Aloran, mas com uma aparência ligeiramente mais velha, estava lá parada, olhando em sua direção, no entanto, Ciro sentia que não era ele quem ela encarava.
— Aloran? Está vendo isso?…— Ela não responde, então ele torna a repetir — Aloran!!!
— Oi-disse Aloran, mas algo inesperado acontece assim que Ciro é respondido à mulher misteriosa desaparece sem deixar vestígios.
— Você viu aquela mulher?
— Não, estava dormindo — Aquilo era novo para Ciro porque um fantasma precisaria dormir?
— Esperai como você pode dormir se estou acordado? — Ciro nunca havia pensado nisso.
— Porque dividimos um corpo eu moro aqui, não sou você — Ela dá um bocejo e contínua — e aquela pedra me deixou mal
— Entendo… desculpe não devia ter tocado naquilo
— Nenhum de nós sabia do efeito colateral daquilo… e a mulher?- Ciro pensou consigo mesmo que talvez aquela mulher fosse uma lembrança de Aloran e resolveu questioná
— Aloran você estava sonhando?-
— Acho que não… não lembro por quê?
— Lembra de alguém parecido com você?… com cabelos vermelhos iguais ao seus
— Bom não tenho me visto muito meu reflexo, mas quanto ao cabelo aquela filha de Zeus arrogante se parece bastante — Mas não era de Kiz que Ciro falava.
— Eu sei já notei, mas sei lá talvez alguém mais velha.
— Não, realmente não me lembro de ninguém — É parecia que vencer o torneio e ter uma reunião com o oráculo era a única solução para esse enigma então o rapaz deixou de lado e resolveu voltar ao foco principal, mas Aloran já havia se adiantado — Tá legal, precisamos nos preparar para amanhã, não temos arma nem roupa apropriada.
— roupa apropriada?… Ei! Eu não vou usar aquela saia
— Aquilo não é uma saia, é parte inferior que compunha um traje de batalha.
— É uma saia…— Aloran dá uma risada.
— Uma saia de batalha e precisamos usar ou vai ser muito difícil para mim enfrentar alguém de calça jeans, não é uma boa ideia posso ficar na desvantagem — O argumento era bom e sair cheio de hematoma da luta por não querer usar uma saia dessas, parecia ser um preço alto a se pagar, por algo tão insignificante.
— Tudo bem….você ganhou. Talvez Danto tenha alguma armadura para emprestar, vamos até o acampamento.
O jovem então vai até o acampamento e ao chegar se deparou com Danto amolando a ponta de uma flecha aquilo assustou Ciro, pois ele lembrou no mesmo instante que Danto também iria participar da competição.
— Oi Danto — O rapaz olhou para Ciro e disse
— Ciro, estranhei você não dormir aqui ontem para alguém que tem medo da ilha você tem se aventurado bastante — os dois sorriram
— Tá preparando as flechas para a competição?.
— Sim, mas vou tentar não atirar — Ciro dá uma risada sem graça, mas um pouco aliviado ao menos um aliado na competição.
— Então quanto a isso, eu resolvi participar — Aquela notícia deixou Danto visivelmente surpreso
— Hoou… bom, oque te fez mudar de ideia?
— Nao tenho nada para fazer — De novo Ciro com aquela desculpa esfarrapada, Aloran resmungou dizendo
— Precisamos trabalhar nisso — Disse Aloran — E Ciro concordava, ele não havia pensado muito bem antes de falar, mas Danto não percebeu que era apenas uma mentira.
— A ilha pode ser bem tediosa às vezes… quer que eu te ajude com alguma coisa?
— Na verdade, sim, eu não tenho armadura nem armas —Danto sorriu e disse
— Entrar na competição sem esses dois itens não seria uma boa ideia — ele se levantou e fez um gesto com a mão para que Ciro o seguisse — venha vamos encontrar algo para você — Os dois foram até uma tenda cheia de objetos e depois de algum tempo vasculhando em um baú, Danto grita de repente. — Achei!!!… aqui minha primeira armadura de treino, está um pouco desgastada, mas vai servir — A armadura era de uma coloração escura, estava cheia de arranhões e um tanto amassada, porém havia agradado Aloran.
— Perfeita -— logo após encontrarem a armadura Danto encontra uma espada que diferente da armadura estava em ótimo estado, e também achou um escudo um tanto velho, mas que parecia aguentar o tranco já em posse dos itens Danto teve uma ideia
— Porque não treinamos, quero ver se aprendeu alguma coisa com Bardack — Ciro ficou um pouco receoso e cochichou com Aloran
— Quer fazer isso?
— Muito —Respondeu à inquilina entusiasmada,
— Vamos lá Danto — os dois então puseram as couraças e os elmos, pegaram seus escudos e espadas quando estavam um de frente ao outro Danto diz a Ciro.
— Eu não vou pegar muito pesado com você, quando quiser parar é só falar
— Ok!!!… Aloran está pronta? — Disse o rapaz bem baixinho.
— Sim, mas quero que você comece a luta, vou pegar lo dê surpresa deixa comigo — Ciro se aproximou de Danto e desferiu o primeiro ataque levantou sua espada ao alto e desceu com toda a força, mas Danto era bem ágil e para não ser pego nem ergueu o escudo ele apenas levantou a espada deixando as duas se chocam e enquanto mantêm as duas em atrito ele dar uma dica a Ciro
— Não empregue muita força em ataques previsíveis é inútil, faça exatamente o contrário. Desse jeito — Danto jogou seu escudo em Ciro o’que o fez ir ao chão — A primeira lição foi dada-aquilo irritou Aloran que sem nem avisar Ciro tomou o controle
— Por favor, Aloran não machuque o meu corpo — Disse Ciro que dessa vez era apenas um telespectador. Aloran se levantou e se posicionou, no entanto, sua postura chamou a atenção de Danto, pois ela emanava a confiança de um guerreiro experiente.
— Interessante — Disse Danto, que dessa vez foi para cima. Ele atacou como Ciro da primeira vez, fazendo um corte de cima para baixo, mas Aloran se protegeu apenas levantando o escudo, enquanto isso Danto fez um movimento com o seu escudo simulando outro escorão, mas Aloran percebeu e se esquivou dando alguns passos para a esquerda , porém aquilo era apenas um truque o golpe de verdade estava vindo por baixo, mas graças aos reflexos da guerreia o golpe foi bloqueado com a espada, Aloran então usou o cotovelo para golpear Danto e fez Ciro vibrar
— Incrível Aloran, — O adversário se afastou sorrindo sem demonstrar raiva depois do último golpe apenas elogiou enquanto passava a mão em seu queixo.
— Essa foi boa… ta escondendo alguma coisa de mim Ciro?
— Ferrou — Aloran disse, tentando se passar por Ciro
— Foi um golpe de sorte, não conseguiria fazer de novo —Danto sorriu e disse
— É bom que faça, na competição os adversários não pegaram leve com você, principalmente aqueles que possuem Herença —Ele soltou o escudo e a espada e disse — Chega por hoje.
Aloran deixou Ciro tomar o controle novamente a tempo de ele fazer a pergunta.
— Como assim herança?
— As heranças dos deuses, nossas habilidades e características, como Sifu, por exemplo, sua herança é não envelhecer… ouvir falar que Kis possui uma força colossal e uma velocidade surpreendente
— Mas herança são deixadas quando a pessoa morre, deuses não morrem.
— Quer saber pergunta isso da Nema — Os dois sorriram e Ciro disse.
— Não tudo bem posso aceitar isso… mas e você o’que consegue fazer?
— Na hora certa você irá descobrir, não espera que eu vá contar todos os meus truques, para um rival —Ciro sorriu, pois de todos na ilha Danto era o’que mais parecia com um amigo, os dois continuaram conversando sobre coisas triviais dos mais diversos temas, Ciro contava sobre o seu mundo e Danto contava algumas histórias engraçadas de sua vida. Até chegar a noite, na penumbra com apenas uma fogueira oferecendo luz para o acampamento, Danto se levanta pega sua aljava e diz.
— É.. Está na hora de treinar — Ciro acha estranho já era noite, como ele conseguiria praticar, perguntando
— Você não precisa ver os alvos para poder acertá los.
— alguns eu só preciso sentir que estão lá… durma, amanhã será um longo dia — Ele diz isso e entra na floresta. Ciro resolve seguir o conselho de Danto e dorme afinal de contas, ele era um competidor.