Ilha grega-capitulo 12 “Um pedaço de casa”
Mais um dia se iniciou e Ciro ao acordar pela primeira em sua vida pensou em seus compromissos e não em ficar mais 5 minutos na cama o rapaz ao se levantar lembrou que a garota estranha da noite passada queria falar com ele e isso o havia deixado intrigado afinal o’que ela queria, nunca haviam se visto antes e Ciro nem sabia como ela se chamava, mas uma coisa era certa ele não iria seguir com o seu dia se não tirasse isso a limpo. Por isso sem que ninguém o visse ele saiu do templo e foi direto para a praia onde havia marcado o encontro.
A praia estava totalmente vazia como no dia em que chegou, o rapaz se sentou na areia, e esperou por alguns minutos, até que novamente a voz que agora não parecia tão assustadora chama pelo seu nome de novo.
— Ciro venha até aqui—a voz vinha de trás de algumas pedras, o jovem se levantou e seguiu as instruções, foi até as pedras e lá ele pode ver um pequeno bote aquilo assustou o garoto que logo questionou.
— Ei! Espera aí, cê não está pensando em me levar para aquele ilha está? — a mascarada olhou para ele disse.
— Na verdade, sim, estou agora me ajuda a levar isso para a água — Aquela resposta não havia convencido Ciro e ele precisava de mais.
— Porque eu deveria entrar em um barco com uma estranha mascarada que eu nem sei quem e ir ruma a uma ilha com o nome tão assustador quanto a aparência. — a garota para por um segundo oque estava fazendo é diz.
— Meu nome é Sandra moro lá, o’que tenho para mostrar só você pode ver, confia em mim, nada vai te acontecer. — as palavras da garota deram uma certa tranquilidade para o rapaz que também estava muito curioso para saber o’que poderia ser essa coisa que ela queria mostrar, então ele pegou o pequeno bote e os dois o levaram para a água, entraram nele e começaram a remar em direção a ilha, durante o trajeto Ciro ficou curioso do porque aquela garota morava em uma ilha separada dos demais semideuses e então ele resolveu perguntar.
— Então Sandra por que você mora lá? — a pergunta parecia ter deixado a jovem desconfortável, que apesar de usar uma máscara conseguia passar esse sentimento através do silêncio que ela fazia, o’que deixou o rapaz mal e com a sensação de que devia se desculpar — Desculpa, isso não é da minha… — mas antes que pudesse terminar a estranha o interrompe com sua resposta.
—Sou diferente dos meus irmãos e irmãs, tenho habilidades incômodas — Ciro não sabia oque dizer-lhe por isso para quebrar o clima ruim ele tentou mudar de assunto.
— De perto não parece um lugar tão ruim para se morar-era uma mentira deslavada por isso ele fez uma comparação — parece melhor do que morar lá — apontou para o outro arquipélago, que não havia vida nenhuma, Sandra disse.
—Acho que qualquer lugar é melhor que aquele, não sei como ela consegue.
— E quem mora lá?— perguntou Ciro, mas antes que ele pudesse ter uma resposta, ele chega ao seu destino e Sandra o apressa.
— Vamos, precisamos ser rápidos — eles então amarraram o barco e entraram na floresta, que era assustadora, ela era muito escuro com árvores bem altas e sons que não pareciam ser de criaturas normais e amigáveis, os dois caminharam por alguns minutos até que Ciro notou algo, era como um pequeno templo, mas parecia ter sido abandonado há muito tempo, ele estava cheio de musgo e galhos o rapaz parou e ficou analisando por algum tempo e Sandra ao notar chamou sua atenção.
—Ei! Vamos, nós já estamos perto — Ciro voltou a si e voltou a seguir lá, mas Sandra havia notado o interesse do garoto no lugar e resolveu lhe contar sobre ele — Aquele é o templo de Ártemis a deusa da caça .
— E por que não tem ninguém lá? sei lá semi-deuses — e sorriu, os deuses terem filhos já parecia tão natural, a garota parou pegou uma espécie de cantil com água e ofereceu ao rapaz.
— Você quer água? — o garoto aceitou, e enquanto tomava água ela respondeu sua pergunta — o templo não é abandonado, uma alcateia vive lá protegem o lugar até que o herdeiro chegue, pelo menos é o’que dizem — o’que Sandra disse parecia muita estranho para o Ciro, mas como tudo a ilha já havia ultrapassado o teto da normalidade ele não se impressionou, a garota continuou — você quer tentar? mas acho bom você correr bastante se não for o escolhido-Sandra deu uma risada um pouco tímida e Ciro para retribuir a brincadeira resolveu perguntar.
— Você correu muito — fez a pergunta com um sorriso de canto de boca da que foi sumindo com a resposta da garota.
— Devia ter corrido mais, ainda tenho as marcas das mordidas — Ciro se sentiu mal com a pergunta, mas antes que pudesse se desculpar a jovem disse — chegamos — os dois estavam em frente a pequeno arbusto, então Sandra se agachou tirou o arbusto e entrou engatinhando em um buraco , o garoto não sabia se era melhor aguardar mais alguns minutos afinal de contas ele não queria deixar a garota constrangida, mas assim que ela adentra, chama seu nome — Ciro rápido — o rapaz então a segue e descobri que a passagem era de apenas um metro. Já dentro da caverna o rapaz nota que as paredes eram de uma cor diferente um azul claro algo que Ciro nunca havia visto antes, a caverna tinha apenas um filete de luz no canto superior, o’que não a deixava tão escura.
Aquilo não parecia fazer sentido algum para rapaz, que logo pede uma explicação — Ok estamos aqui, oque você queria me mostrar? — Sandra dá um grito dizendo
— Eu o encontrei, encontrei seu amigo pode vir — logo uma sombra começa a se forma de uma passagem um pouco mais adiante na caverna, conforme ela foi se aproximando Ciro foi ficando mais nervosos e alegre, pois, quem estava lá naquela caverna era Tony seu melhor amigo.
Ciro ficou sem palavras, mas em sua mente se encontrava um marasmo de dúvidas e perguntas, como Tony havia chegado lá? Será que ele era um deles? Por que estava naquela caverna? Mas ele deixou todas suas dúvidas de lado e deu um abraço em seu amigo dizendo
— Cara é ótimo te ver—Tony que também estava muito feliz, fez das dele suas palavras.
— Igualmente cara — mas as perguntas ainda pairavam na cabeça de Ciro e teve que fazê las.
— Como você chegou aqui? Quando? — o rapaz estava confuso e queria entender tudo de uma só vez e Tony logo tratou de explicar toda a história ele se sentou em uma pedra e começou.
— Eu vim com você, pouco após você ter saído daquela festa, eu te seguir, notei que não estava bem, mas por um instante perdi você de vista, até que cheguei no Deck e perto da grade de proteção do navio pude ver a rosa que você tinha nas mãos jogada no chão. Quando vê aquilo imaginei logo que havia caído e infelizmente eu estava certo, eu gritei por ajuda, mas ninguém me ouvia, então peguei uma boiá e pulei atrás de você, assim que eu te alcancei a corda foi corta se partiu e ficamos lá nós dois a deriva, eu estava segurando sua argola com uma mão e a outra a boia, você estava desacordado e em um certo momento até pensei que estava morto, até que de repente algo muito estranho aconteceu, um redemoinho se abriu perto de nós dois, e algo estava me mantendo de distante de você como se tenta-se me repelir, mas ainda sim, conseguir te segurar forte e então eu apaguei, e quando acordei já estava nessa caverna, com Sandra cuidando de mim—nesse momento Tony começou a sussurrar- ela é estranha cara — Ciro foi obrigado a concordar e balançou a cabeça dizendo.
— É eu também acho,- Ciro se levantou e disse- vem temos que falar com Sifu sobre isso- Nesse momento, Sandra se posicionou.
— Ele não pode sair dessa cavernai — o rapaz ficou surpreso e decidiu questioná la.
—E por que não?… se está pensando que vai deixar el…- nesse momento Tony teve que interromper.
— Ela tá certo Ciro,- as palavras de Tony deixaram o rapaz com mais dúvidas ainda- Cara vai parecer loucura, mas eu acho que essa ilha é mágica- Ciro mesmo sabendo que o assunto era sério não conseguiu segurar uma risada de canto de boca e Tony havia notado —eu estou louco, existe algo que não me deixar andar pela ilha, quando saio de dentro dessa caverna perco todas as minhas forças- o rapaz aponta para Sandra e continua — ela disse que isso acontece devido à aura mágica do lugar, essa não é minha praia, mas já estou começando a acreditar- Ciro se aproxima do seu amigo põem uma de suas mãos no ombro dele e diz.
— Tony, tudo que ela disse é verdade, esse lugar realmente é mágico e nós estamos presos nele por enquanto — Tony abaixa a cabeça triste e Ciro para tentar animá lo continua — mas nós vamos dar um jeito de sair daqui eu prometo — suas palavras surtem um efeito um positivo em Tony, mas ele que antes parecia triste agora estava intrigado com algo.
— Se esse lugar é mágico, e eu não posso andar por ele por ser sei lá, ser normal, por que você pôde?— essa era uma ótima pergunta, uma que nem ele próprio conseguiria responder, então se limitou a dizer
— Eu não faço ideia, mas não sou um deles.- Sandra de repente disse aos dois.
— O tempo acabou nós temos que ir, ou vão notar- Ciro se levantou deu um abraço em Tony e mais uma vez disse.
— Tudo vai ficar bem, volto assim que possível… vou procurar uma solução para esse problema- mais uma vez Sandra o apressou.
— Temos que ir agora tem algo se aproximando e é grande.- Ciro e Tony não faziam ideia do que ela estava falando Tony resolveu perguntar.
— Como assim? O’Que está se aproximando?— a garota olhou-lhe e fez um sinal de silêncio de repente eles sentiram um tremor e um cheiro horrível, Ciro pôde notar que a pequena fresta pela qual passava luz começou a escurecer, e então Sandra diz.
— Isso é ruim, acredito que um ciclope sentou em cima da pedra — ela foi em direção a saída e Ciro a chama a atenção.
— Ei! onde você vai?- Sandra sem parar o responde.
— Eu vou lá fora ver o’que está acontecendo- aquilo deixa os dois rapazes surpresos Ciro ao ver essa atitude disse-lhe.
— Você está louca? essa coisa deve ser enorme, e eu preciso de você para voltar—mas Sandra não liga e contínua, ao sair da caverna, depois de algum tempo, os dois jovens começam a ouvir uma gritaria, que não parecia ser proveniente de uma batalha mortal, mas sim de uma bronca.
— SIMON! EU JÁ DISSE QUE NÃO QUERO VOCÊ DESSE LADO DA ILHA!!!- A criatura rugiu para a garota, que parecia não sentir medo, e apenas disse-VAI AGORA!!! —O ciclope havia entendido o recado e saiu de cima da pedra onde estava sentado deixando a luz entrar novamente, junto com a voz de Sandra dizendo.— vamos agora viajante!.—o rapaz que depois daquela demonstração de poder da garota achou melhor obedecê la afinal de contas ele não sabia que ela era realmente capaz.
Fora da caverna e caminhando em direção a praia o jovem rapaz pensou que era um bom momento para entender e conhece Sandra e deu início a algumas perguntas— e então você mora aqui a muito tempo?- a garota não demorou a responder, mas ela se limitou a apenas uma expressão
— A muito tempo, eu não sou como os meus irmãos e…— derrepende Sandra para, e diz a Ciro — se esconda, minha mãe está vindo, rápido atrás da árvore —Ciro se esconde como Sandra havia pedido, mas aquilo era novidade, e deixou o rapaz curioso, pouco tempo depois atrás da árvore Ciro se pegava pensando se Sandra tinha contato com a mãe, isso então isso significava que uma Deusa estava se aproximando, o’que deixou o rapaz bastante tenso. De repente ele ouve alguns passos se aproximando e uma voz com um tom bem autoritário disse.
— Sandra Oque está fazendo aqui, devia estar na Ilha para a cerimônia de abertura?— a garota demorou alguns segundo para responder, mas ainda sim, conseguiu inventar uma desculpa.
— É… eu…, esqueci do meu elmo e vim buscá-lo, — Sandra ainda conseguia ver Ciro com o canto dos olhos e enquanto sua mãe se virava para pega algo, a garota fez um gesto com as mãos, que expressava algo como, “não sai daí”.Ciro ao ver o sinal entendeu imediatamente, mas ele realmente queria ver como era uma Deusa, então ele começou a se inclina para tentar ver algo e enquanto isso a mãe da garota dizia.
— Eu imaginei que sim, por isso eu trouxe comigo,— a Mãe de Sandra trazia consigo o seu elmo, que era composto de um capacete com um máscara presa a ele e dizia—estava indo até à ilha ver você— ela deu uma pequena pausa enquanto procurava algo no elmo até que achou, — acredito que esse lado lateral está meio torto, rápido tire essa máscara e ponha o capacete, Sandra recusou inicialmente sabendo que Ciro estava vendo tudo a alguns poucos metros dizendo.
— Não mãe não se preocupe eu já posso ver que ele está ótimo—
mas sua mãe insistiu e disse, mas uma vez, só que usando plena autoridade.
— Tire…a… máscara…agora- com um pedido como esse Sandra não teve outra escolha a não ser obedecer sua mãe e começou a tirar sua máscara lentamente, Ciro que estava ouvindo tudo se inclinou na árvore para ver o’que estava por trás daquela coisa assustadora, no entanto, ao fazer isso o rapaz, pisou em um galho e fez um barulho suspeito, que chamou a atenção da mãe de Sandra— oque foi isso?- a jovem pensou rápido e disse
— Alguma lebre assustada…. A proposito mãe notei que o Simon está andando desse lado de novo.
— Oque Simon está por aqui? — disse a mãe de Sandra
— É Melhor a senhora ir até o nosso acampamento dar uma olhada sabe com ele é — nesse momento a mãe de Sandra concordou com ela e foi em direção ao acampamento. O’Que deu uma chance para que os dois saíssem de lá a garota mandou Ciro sair de trás da árvore e ambos seguiram rumo a praia.