Ilha Grega- Capitulo 5 “Curtindo a viagem”
A viagem estava ótima era curtição das primeiras horas do dia até tarde da noite, todos já tinham idade para tanto, por isso bebiam, caiam e levantavam para beber de novo, já faziam isso antes nas festas que frequentavam agora que estavam a quilômetros dos seus pais não seria diferente, com exceção de Ciro que nunca havia apreciado esse comportamento, preferia ficar sempre na água com limão e se sentia melhor tendo o controle total de suas faculdades mentais, durante todas as noites Ciro apenas bebia água e apreciava a beleza de Sarah, por isso passado alguns dias, o rapaz havia decidido que era chegada a hora de contar para Sarah sobre seus sentimentos. O cruzeiro já estava próximo a Grécia e o rapaz estava inquieto, parte pela ansiedade de conhecer o país e parte pela garota, ele decidirá se declarar quando a noite chegasse, pois haveria um show de tango onde todos iriam comparecer ao salão do navio, iriam se vestir a caráter e o garoto pensou que essa fosse talvez a melhor chance dele.
O tempo foi passando e o rapaz tentava encontrar uma forma de fazer a declaração, mas nada lhe vinha à mente, ele se sentia que estava traindo a sí mesmo, pensou em pedir talvez um conselho de Tony, mas o conhecendo bem era capaz de ele o fazer passar vergonha, então decidiu não fazer, ao invés disso foi treinar em frente ao espelho, por muitas vezes só ficava no
— Oi Sarah, então…não… tem que suar natural…..E aí Sarah tranquilo queria trocar uma ideia… Nossa sem chance.— o tempo foi passando enquanto o rapaz praticava várias abordagem e fazia caras e bocas para ele mesmo. Até que sem perceber já era hora de ir para o Salão, ele já estava quase atrasado, por isso foi correndo para o banheiro, tomou um banho, escovou os dentes, colocou seu belo terno alugado, calçou seus sapatos bem engraxados que chegavam a cintilar, penteou seu cabelo para trás se olhou no espelho e sorriu parecia até ser um membro de uma família de mafiosos. No caminho para o salão passou em frente a uma pequena loja onde vendia buquês de flores, parou e pensou consigo mesmo se era uma boa ideia comprar algo o garoto imaginou todos os cenários possíveis, depois de alguns minutos chegou à conclusão de que talvez outro dia o fizesse, mas dando alguns passos, cogitou que talvez uma rosa não mataria ninguém. Ele entrou na loja e comprou a mais bela rosa que já havia visto, talvez aquela fosse a coisa mais piegas que ele já tinha feito, se não desse certo decidira que não assistiria mais a comédias românticas com sua mãe, porém de algum modo sentia que aquilo o deixava mais confiante. Ciro seguiu seu rumo até chegar no seu destino, as apresentações já haviam começado seus colegas já estavam em seus lugares, em uma mesa estavam Emily, Tony e alguns outros colegas de turma, mas sem sinal de Sarah, logo Tony o avistou e quando ele fez Ciro colocou a rosa no bolso de trás da calça e foi se sentar com seus amigos, ao fazer isso ele instantaneamente lembrou que todas as rosas têm espinhos e que talvez não fosse uma boa ideia sentar sobre uma delas, pois machucam de verdade, o tempo fora passando e Ciro não conseguia se concentrar nenhum um pouco nas apresentações e nem se interessava em dança, pois Sarah ainda não havia aparecido o jovem rapaz então resolveu pergunta a amiga da garota que estava sentada na mesma mesa.
— Emily, a Sarah não vem — o rapaz fez o possível para parecer apenas uma pergunta vaga sem nenhum interesse, mas Tony já havia entendido. Emily, que não havia sentido a verdadeira intenção da pergunta, respondeu sem pudor algum.
— Ela disse que iria encontrar alguém, acho que ela conheceu um cara — ela sorriu e disse — sortuda! — mas o’que a garota diferente de todos na mesa não havia percebido era que a novidade, não tinha deixado Ciro nem pouco feliz.
— Que sortuda — disse Ciro e para disfarçar deu um surto de ânimo e disposição.—Bom, porque estamos todos parados aqui em. Vamos dançar — todo seus colegas sorriram, se levantaram e foram para a pista. O garoto também foi, mas não demorou mais do que 5 minutos e voltou direto para a mesa onde ficou olhando sua rosa já muito amassada, de repente o garçom traz um bebida para Ciro que sequer perguntou se alguém havia pedido aquilo, talvez o garçom tivesse confundido a mesa, mas ele pensou consigo mesmo que se dane
Tony estava dançando a alguns metros da mesa, mas ao ver seu amigo segurando um copo olhando para a rosa na mesa, resolveu se aproximar.
— E ai, não ta muito a fim de dançar— Ciro olhou para ele, sorriu e disse
— Acho que dei um mal jeito na perna. Vou ficar sentado aqui por um tempo —Tony ao notar a tristeza, pensou rápido.
— Cara eu conheci duas garotas lindas, agora pouco me espera aqui. O garoto saiu como um raio da mesa, mas no momento em que Tony se afastou. Ciro começou a sentir uma tontura, talvez a bebida fosse muito forte e havia subido rápido demais a cabeça, não parecia muito lógico apenas um copo já ter feito isso a ele, então decidiu ir para o deque do cruzeiro, aquela agitação toda não iria ajudar, o rapaz pegou sua rosa e foi em direção à porta, a cada passo que dava ele tinha a impressão de que seu corpo ficava mais pesado e sua visão mais turva. Ao chegar no deck, Ciro foi para a borda do navio onde ele pensou que talvez fosse o melhor lugar para vomitar, sentiu alguém tocar seu em blazer, mas antes que pudesse se virar e ver quem era, o estranho com muita facilidade o ergueu e o jogou para fora do cruzeiro, rumo ao mar.
Ciro entrou em desespero apesar de estar tonto por conta da bebida, ainda conseguia pensar, a água estava muito fria e a cada instante o cruzeiro se afastava cada vez mais, ele pensava consigo mesmo, “vou morrer aqui”, “onde está a ajuda”, “é o fim?”. Um turbilhão de pensamento tomava conta de sua cabeça enquanto ele sentia seu corpo cada vez mais frio e cansado, aos poucos ele pode sentir a fadiga chegando, continuar nadando não iria adiantar nada, pois o cruzeiro não iria parar, até que de repente tudo foi ficando nublado e escuro “era a morte” cogitou Ciro “acabou para mim”. De repente o rapaz começa a sentir algo o puxando pela gola da blusa, ele tenta enxergar o’que ou quem o puxava na escuridão, mas só conseguia ver uma mancha escura. Não havia mais forças para lutar no caso de aquilo ser um animal, então o jovem fechou os olhos e dormiu, ao menos morreria dormindo, pensou o Ciro.